É o segundo tumor urológico mais freqüente, o 4º tumor maligno mais comum nos homens e o 9º nas mulheres. Relacionado ao tabagismo e algumas profissões, 70% das ocorrências são superficiais e tem alta probabilidade de recidiva, mas permanecem confinados à mucosa e submucosa em 80% dos casos. A perda de sangue na urina (hematúria) micro ou macroscópica é o sintoma principal, mas outros sintomas irritativos do trato urinário baixo podem aparecer, como polaciúria, disúria e urgência também. Também pode haver sintomas gerais nos casos avançados, como anemia, emagrecimento e massas pélvicas.
Os tumores da bexiga podem ser:
a) Superficiais: quando atingem somente a mucosa e submucosa da bexiga e raramente dão metástases;
b) Infiltrantes: quando acometem as camadas mais profundas da parede da bexiga, como a muscular e a gordura perivesical, e têm o risco aumentado de gerarem metástases;
c) Metastáticos: com metástases em linfonodos ou à distância.
Tratamento:
Os tumores de bexiga superficiais são tratados com ressecção endoscópica das lesões, e deve-se fazer exame de toda a bexiga, uretra e tecido muscular à procura de outros tumores. Entretanto, esses tumores mostram grande risco de recorrência e podem progredir para tumores invasivos. Após a cirurgia endoscópica, a instilação de medicamentos intravesicais é empregada para se evitar recidivas ou progressão tumoral. Nos casos de carcinomas de células transicionais invasivos e os outros tipos histológicos, por serem doença potencialmente letal, um tratamento agressivo deve ser instituído. O tratamento padrão é a cistectomia radical (retirada da bexiga), juntamente com a próstata e vesículas seminais (homem) e útero, ovários e parede vaginal anterior (mulher), acompanhados da retirada de linfonodos pélvicos. Nos tumores metastáticos, a quimioterapia também pode ser usada.