​​ Com o desenvolvimento científico e médico, alguns tipos de câncer estão deixando de ser doenças fatais para se tornarem doenças crônicas. Por isso, a qualidade de vida do paciente​​ tornou-se prioritária, uma vez que a expectativa de vida tem sido ampliada. Também está sendo possível uma integração contínua dos pacientes com o mundo profissional e a vida em sociedade. Essa constatação é uma grande aliada na busca contínua para melhorar as taxas de sobrevivência e os prognósticos dos pacientes a médio e longo prazo. Entretanto, alcançar essa perspectiva exige algumas medidas que incluem orientação médica e disciplina por parte do paciente.

 

Melhores Escolhas

 

Ser diagnosticado com câncer de próstata provoca uma revisão profunda na vida de um paciente, fazendo com que ele passe a encarar a vida sob uma perspectiva bem diferente. Muitas pessoas nessa situação começam a se importar mais com a saúde, procuram alimentar-se melhor, praticar atividades físicas, levar uma vida menos sedentária, diminuir o consumo de álcool ou parar de fumar. Esse é o momento ideal para deixar de se preocupar com coisas pequenas, tentando enxergar tudo de uma maneira nova para reavaliar a vida e fazer mudanças.

 

Durante o Tratamento

 

​​ Alimentar-se bem é complicado para qualquer pessoa, mas pode ser ainda mais difícil durante e após o tratamento do câncer de próstata. Preocupar-se com ganhos de peso ou alterações no paladar não é o mais indicado uma vez que, nesse período, a perda de peso ou a dificuldade para comer são bastante comuns, mas o paciente não deve exigir demais de si mesmo, fazendo o melhor que puder, comendo o que lhe agradar e o que for possível. Esse inconveniente costuma melhorar com o tempo, por isso esse não é o momento adequado para o paciente seguir dietas. Ao longo dessa fase, o melhor é fazer refeições breves a cada 2 ou 3 horas, até sentir-se melhor. O paciente também pode consultar um nutricionista para saber como combater alguns dos efeitos colaterais do tratamento.

 

Após o Tratamento

 

Algumas das orientações nesta fase têm estrita relação com a mudança de hábitos e atitudes. Uma boa proposta é comer menos e mais vezes por dia, ingerindo menor quantidade a cada refeição, mas mantendo uma frequência alta.

 

 

Às vezes, são necessários suplementos nutricionais para assegurar que o paciente está recebendo a nutrição adequada. Outras vezes, é preciso usar uma sonda de alimentação para melhorar a nutrição e impedir a perda de peso.​​ 

 

Muitos pacientes​​ têm a síndrome de Dumping, que se apresenta sob a forma de náuseas, diarreia, sudorese e ondas de calor depois das refeições. Esses sintomas são desagradáveis, mas também melhoram com o passar do tempo.​​ 

 

Entretanto, reorganizar os hábitos alimentares​​ ainda é o melhor procedimento nessa etapa, pois alimentos mais saudáveis promove uma boa nutrição e ajudam a manter um peso adequado, trazendo muitos benefícios a médio e longo prazos.

 

Atividade Física​​ 

 

Após/o tratamento, é muito comum a sensação de cansaço contínuo, mas é um tipo de cansaço diferente, que não melhora com​​ o descanso. Por mais difícil que pareça, uma das formas de reduzir essa sensação de fadiga é justamente a prática de exercícios. O paciente deve começar aos poucos, no seu próprio ritmo,​​ e aumentar a carga gradativamente, de acordo com a sua disposição. Sabe-se que a prática regular de atividades físicas contribui muito para diminuir o risco de alguns tipos de câncer a longo prazo, além de trazer outros benefícios para a saúde. Um médico​​ e um fisioterapeuta especializado podem oferecer a melhor orientação nesse caso.​​ 

 

Melhorias proporcionadas pelo exercício físico:

 

​​ • Condicionamento cardiovascular

 ​​​​ • Redução da fadiga

 ​​​​ • Combate ao sedentarismo

 ​​​​ • Contribuição com a perda de peso

 ​​​​ ​​ Enrijecimento da musculatura

 ​​​​ • Diminuição da ansiedade e da depressão

 ​​​​ • Redução da possibilidade de um novo câncer

 ​​​​ • Sensação de estar mais feliz e bem consigo mesmo

 

Recidiva​​ 

 

Algumas providências podem ajudar a evitar que a doença volte, mesmo não havendo garantias disso. Por exemplo, cortar ou diminuir o consumo de álcool e parar de fumar são medidas que ajudam não apenas a evitar o risco de um novo câncer, mas também aumentam o tempo de vida mesmo de quem já sofre com a metástase. Uma dieta rica​​ em legumes e frutas também contribui para manter um peso adequado e diminui o risco de câncer de próstata. Não é garantido que esse tipo de mudança afete o risco de recidiva da doença, mas sabe-se que mudanças como essas podem ter efeitos positivos sobre​​ a saúde além do risco de câncer.​​