Os tumores do parênquima renal são duas vezes mais freqüentes nos homens que nas mulheres e ocorrem principalmente dos 50 aos 70 anos de idade. Existem vários tipos histológicos de tumores malignos no rim: carcinoma de células claras (70-90%), papilíferos (10-15%), cromófobos (4-5 %), ductos coletores (1%) e sarcomatoides (1%). A diferenciação histológica (Grau histológico de Fuhrman) é importante e são classificados em 4 graus e quanto maior o grau, mais agressivo é o tumor.
O ultrassom abdominal trouxe o diagnóstico de grande número de tumores incidentais, isto é, tumores assintomáticos, iniciais e localizados. Quando o tumor dá sintomas, os principais são a dor lombar, hematuria (sangue na urina) micro ou macroscópica e massa palpável, além de outros sintomas inespecíficos como emagrecimento, febre, hipertensão, anemia, eritrocitose, elevação do VHS, trombocitose, desidrogenase sérica elevada e hipercalcemia. Os métodos de diagnóstico e estadiamento principais, além do ultrassom, são a tomografia computadorizada, a ressonância nuclear magnética e mais raramente, a arteriografia renal.
Tratamento:
É indicada a nefrectomia, que pode ser parcial ou radical. Em tumores localizados pode-se realizar a parcial com segurança, principalmente em tumores com menos de 4 cm. A nefrectomia radical consiste na retirada total do rim, da gordura e da fáscia perirrenal (Fáscia de Gerota). A linfadenectomia regional pode ou não ser realizada e é controversa, mas pode ser importante para o estadiamento e o prognóstico. A cirurgia é realizada por via aberta ou laparoscópica, dependendo do estadiamento tumoral e da experiência do cirurgião. A quimioterapia, a radioterapia e a imunoterapia não são indicados em tumores avançados pela baixa resposta e toxicidade.